Com mais sete e essa hipoglicemia?!

Murilinho dormia no bercinho, porque minha mãe estava me ajudando dormindo no quarto com ele e me chamaria se preciso. Mas como já sabia que ele não chorava, coloquei o despertador para tocar a cada três horas para amamenta-lo.

Mas quem disse que eu dormi? Ele não acordava para mamar, nem quando eu tentava acorda-lo, podíamos fazer de tudo, tirávamos a roupinha, passávamos uma fraldinha úmida nas mãos e nos pés (lembrando que estávamos naquele frio do inverno) e ele não acorda, e era horas tentando acorda-lo e nada, e com isso ele também não mamava. Foi desesperador, percebia que alguma coisa estava errada.

Dias e noites em claro, e ele começou a ficar quase 10 horas sem mamar nada, foi quando não suportava mais pedi uma consulta de urgência com a pediatra que minha amiga indicou e fui. Tínhamos uns 6 dias em casa, e com toda essa demora para mamar, ele não tinha força para sugar, mamava super pouco e acabou perdendo mais peso.

A pediatra foi excelente, ela me orientou melhor de como amamentar, inclusive orientou que ele teria que mamar de 3 em 3 horas impreterivelmente (contando a partir da hora que ele começou a mamar), porque ele estava tendo hipoglicemia e por isso não acordava. Ele também estava bem amarelinho, precisou de banho de sol, o sol do meio-dia porque era inverno. 

Mesmo conforme fazendo tudo conforme orientado pela médica ele continuou não acordando para mamar, e quando acordava mamava super pouco e bem devagar porque dormia mamando. 

Eu cheguei no esgotamento físico e psicológico, fui parar no hospital com crise de enxaqueca duas vezes.

Mas a atenção era toda do Murilo, então, liguei para a médica explicando a situação, a orientação foi tirar o meu leite e dar na mamadeira, porque seria mais fácil para ele.

Corri na farmácia e comprei aquela Bombinha manual de tirar leite. Meu Deussss, isso deveria ser proibido de comercializar, que coisa horrorosa é aquilo, dói tanto tanto que parece um tipo de "tortura materna" e o leite mesmo, quase não sai. Desisti.

E ele continuava demorando muito para acordar para mamar e quando acordava mamava pouco, que desespero! 

Uma amiga indicou uma lugar para alugar bombinha de tirar leite elétrica (bem melhor), aluguei e comecei a dar um pouco do meu leite na mamadeira, porém ainda não estava ganhando peso. 

Foi quando a pediatra orientou a dar o peito para mamar e em seguida entrar com o complemento (leite Enfamil) na mamadeira. Em questão de um mês, Murilo estava lindo, forte e recuperado e voltou a mamar só no peito.

Ufa! Que alivio.

Ele ainda não chorava e não reclamava por nada, apenas gemia de cólica à noite, por isso, o colocava para dormir em cima de mim até chegar a hora da próxima mamada, meu braço adormecia de tanto segurar ele dormindo, mas isso não tinha problema, ter meu bebezinho ali valia a pena. 

E que mãe nunca segurou o bebê até o braço adormecer! Mãe é mãe.

Passado um mês, ele já não precisava mais do leite complemento e ficou só no leite materno. Que felicidade!

Bom, enquanto eu tinha toda essa preocupação com as crises de hipoglicemia, eu ainda chorava muito e estudava sobre a Síndrome de Down, porém, estava perdida com o que fazer a respeito de médicos, estimulação e ainda esperava sair o resultado do cariótipo, porque confesso que no fundinho do meu coração eu tinha esperança dele não ter a Síndrome.

E passado quase 30 dias, a médica geneticista ligou para marcar uma consulta, porque o resultado do cariótipo tinha saído.

E no próximo post, como foi a consulta com a Geneticista. 

Olha só o Murilo nos banhos de sol e no final com a bochecha mais gordinha :)