quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A volta ao trabalho e a escolinha que não deu certo.

A volta ao trabalho foi terrível, isso todas minhas amigas mamães sabem bem o que vou dizer.

A separação é muito difícil, afinal são nove meses na barriga e depois mais cinco de dedicação total e confiar a alguém os cuidados com o bebê gera muita ansiedade e medo, por mais que você tenha decidido o que era melhor, essa sensação é inevitável. Para ajudar eu pensava no Murilo tão pequenino e com o corpo todo molinho, o que poderia acontecer? Como ele ia se sentir longe de mim? Choraria muito? Sentiria fome? Dormiria? Ele tão pequenino e com o corpo tão molinho, o que eu poderia acontecer? Será que fariam algum estímulo com ele? Já que ele não chora, será que deixariam ele sentadinho no carrinho o dia todo? 

Nós já estávamos dormindo na casa da minha mãe para fazermos a adaptação do Murilo com a nova rotina, que seria longe da mamãe e com outra pessoa cuidando, na verdade essa adaptação aconteceu por 2 dias e por poucas horas, não tinha muito apoio na hora de explicar e executar que isso tinha que ser feito e assim a angustia, o nervoso, o medo só aumentavam.

Na noite de voltar a trabalhar eu nem dormi direito, me sentia agoniada e com vontade de chorar sem parar. A despedida foi horrível, no caminho do trabalho Jundiaí x Alphaville eu tive até um desarranjo intestinal rs, é isso mesmo, o nervoso foi tanto que a descarga de adrenalina que meu corpo soltou causou estragos, sem contar as lágrimas que saiam sem parar.

Chegando ao trabalho fiquei muito feliz que ainda tinha trabalho para mim e fui muito bem recebida por todos, o trabalho em si foi muito tranquilo.

Cheguei em casa no final do primeiro dia e notei que ele ficou um pouco chateado com a minha ausência, ficou bem quietinho, não ria, nem se comunicava muito. Mas passado dois dias ele foi se acostumando e ficando bem.

Com 15 dias de retorno ao trabalho, a babá que tinha contratado para ficar na minha mãe não atendeu mais ao que precisávamos e tive que despedi-la. Mas graças a Deus ela não fez nenhum mal para o Murilo. Como minha mãe estava para sair de férias, ela com meu irmão deram um jeito de cuidar dele até começar as aulas na escolinha, foi bem difícil e desgastante para todos. Graças a Deus tenho uma família e família é tudo!

Apesar dos últimos acontecimentos ainda conseguimos ter um natal e um ano novo muito agradável!

Segunda semana de janeiro a escolinha que tinha escolhido para o Murilo estudar abriria e ele começaria lá, voltei com todas as minhas coisas e as do Murilo para casa e minha mãe veio junto, faria a adaptação dele na escolinha.

Matrícula feita e tudo combinado desde novembro do ano anterior, para não ter problemas. Malas prontas para o primeiro dia de escolinha e "borá lá"?! Mais um momento de muita angustia e ansiedade, outra adaptação! 
Meu Deus, obrigada por ter me dado forças só de lembrar-me tenho uma confusão de sentimentos dentro de mim.

Chegamos à escolinha, fomos recebidos pelo segurança que nos pediu para aguardar. Logo veio uma moça que perguntou quem éramos e o com quem eu tinha combinado que o Murilo começaria aquele dia, informei-a que falei com a coordenadora da educação infantil e estava tudo combinado.

Ficamos eu, Murilo, minha mãe e mais 3 malas de coisas na recepção, por meia hora e nada de alguém dar alguma satisfação para gente.
Eu já estava atrasadíssima para o trabalho e o nervoso já tinha contaminado todo o ambiente. Como assim marco o dia e horário com a coordenadora e chego na hora não tinha ninguém para me receber, tenho que ficar aguardando alguém chegar? Alguém quem? Não tinha babá? Não tinha nada preparado esperando ele? Minha angustia de deixa-lo lá aumentou muito, notei uma bagunça e um despreparo sem tamanho.

Conversei com minha mãe e decidimos ir embora, afinal precisava ir trabalhar, ela me deixou no trabalho e voltou para minha casa com o Murilo.  Cuidou dele e com isso tomei uma decisão.

Primeiro, cancelei contrato com a escola.

E depois decidi que voltaria morar em Jundiaí perto da minha família, lá o custo de vida é menor e seria muito mais fácil viver numa cidade menor, mesmo que longe do trabalho seria melhor. 

Com esta decisão tive que vender a casa que morava e gostava tanto, a casa que sonhei ver meu filho crescer. Se não bastasse o milhão de sentimentos tristes, frustrantes e angustiantes, vieram também às criticas, porque é muito fácil alguém te julgar e criticar quando não está na sua pele.  E é ai que você descobre quem realmente são seus amigos. A chateação aumentou e queria resolver tudo o quanto antes e sumir dali, apesar de deixar para trás vínculos fortes que criei.

E sabe todo aquele planejamento que eu fiz durante a licença maternidade? Escolinha, terapeutas, médicos, clínicas de exames, tudo que planejei para ter uma volta ao trabalho tranquila? Foi tudo por água a baixo ... Tive que começar tudo de novo!

Enquanto isso Murilinho frequentava as terapias, se desenvolvia e crescia, ficava cada dia mais lindo! E teve sexto "mesversário" :)

Ufa, ainda bem que passou... Mas com tudo isso acontecendo, olha só o sorriso de felicidade do Murilo. É ou não é um anjo?















Fonoterapia



Fisioterapia

Fazendo manha

Fazendo muita manha

Tocando chocalho e vendo a galinha pintadinha










Um comentário:

  1. Ele é muito lindo... me lembro quando o conheci, ele estava no colo de sua mãe e deu os bracinhos para vir comigo... fiquei emocionada!!! Como ele é simpático, tranquilo e alegre!!!! Beijos Lí, estou adorando o blog!

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