A volta ao trabalho foi terrível,
isso todas minhas amigas mamães sabem bem o que vou dizer.
A separação é muito difícil,
afinal são nove meses na barriga e depois mais cinco de dedicação total e
confiar a alguém os cuidados com o bebê gera muita ansiedade e medo, por mais
que você tenha decidido o que era melhor, essa sensação é inevitável. Para
ajudar eu pensava no Murilo tão pequenino e com o corpo todo molinho, o que
poderia acontecer? Como ele ia se sentir longe de mim? Choraria muito? Sentiria
fome? Dormiria? Ele tão pequenino e com o corpo tão molinho, o que eu poderia
acontecer? Será que fariam algum estímulo com ele? Já que ele não chora, será que deixariam ele sentadinho no carrinho o dia todo?
Nós já estávamos dormindo na casa
da minha mãe para fazermos a adaptação do Murilo com a nova rotina, que seria
longe da mamãe e com outra pessoa cuidando, na verdade essa adaptação aconteceu
por 2 dias e por poucas horas, não tinha muito apoio na hora de explicar e
executar que isso tinha que ser feito e assim a angustia, o nervoso, o medo só aumentavam.
Na noite de voltar a trabalhar eu
nem dormi direito, me sentia agoniada e com vontade de chorar sem parar. A
despedida foi horrível, no caminho do trabalho Jundiaí x Alphaville eu tive até
um desarranjo intestinal rs, é isso mesmo, o nervoso foi tanto que a descarga
de adrenalina que meu corpo soltou causou estragos, sem contar as lágrimas que
saiam sem parar.
Chegando ao trabalho fiquei muito
feliz que ainda tinha trabalho para mim e fui muito bem recebida por todos, o
trabalho em si foi muito tranquilo.
Cheguei em casa no final do primeiro dia e notei que
ele ficou um pouco chateado com a minha ausência, ficou bem quietinho, não ria,
nem se comunicava muito. Mas passado dois dias ele foi se acostumando e ficando
bem.
Com 15 dias de retorno ao
trabalho, a babá que tinha contratado para ficar na minha mãe não atendeu mais
ao que precisávamos e tive que despedi-la. Mas graças a Deus ela não fez nenhum
mal para o Murilo. Como minha mãe estava para sair de férias, ela com meu irmão
deram um jeito de cuidar dele até começar as aulas na escolinha, foi bem difícil e desgastante para
todos. Graças a Deus tenho uma família e família é tudo!
Apesar dos últimos acontecimentos ainda conseguimos
ter um natal e um ano novo muito agradável!
Segunda semana de janeiro a escolinha
que tinha escolhido para o Murilo estudar abriria e ele começaria lá, voltei
com todas as minhas coisas e as do Murilo para casa e minha mãe veio junto,
faria a adaptação dele na escolinha.
Matrícula feita e tudo combinado desde novembro do ano anterior, para não ter problemas. Malas prontas para o primeiro dia
de escolinha e "borá lá"?! Mais um momento de muita angustia e ansiedade, outra
adaptação!
Meu Deus, obrigada por ter me dado forças só de lembrar-me tenho uma
confusão de sentimentos dentro de mim.
Chegamos à escolinha, fomos
recebidos pelo segurança que nos pediu para aguardar. Logo veio uma moça que
perguntou quem éramos e o com quem eu tinha combinado que o Murilo começaria
aquele dia, informei-a que falei com a coordenadora da educação infantil e estava tudo combinado.
Ficamos eu, Murilo, minha mãe e
mais 3 malas de coisas na recepção, por meia hora e nada de alguém dar alguma
satisfação para gente.
Eu já estava atrasadíssima para o
trabalho e o nervoso já tinha contaminado todo o ambiente. Como assim marco o
dia e horário com a coordenadora e chego na hora não tinha ninguém para me
receber, tenho que ficar aguardando alguém chegar? Alguém quem? Não tinha babá?
Não tinha nada preparado esperando ele? Minha angustia de deixa-lo lá aumentou muito, notei uma bagunça e um despreparo sem tamanho.
Conversei com minha mãe e
decidimos ir embora, afinal precisava ir trabalhar, ela me deixou no trabalho e
voltou para minha casa com o Murilo.
Cuidou dele e com isso tomei uma decisão.
Primeiro, cancelei contrato com a escola.
E depois decidi que voltaria morar em
Jundiaí perto da minha família, lá o custo de vida é menor e seria muito mais
fácil viver numa cidade menor, mesmo que longe do trabalho seria melhor.
Com esta decisão
tive que vender a casa que morava e gostava tanto, a casa que sonhei ver meu
filho crescer. Se não bastasse o milhão de sentimentos tristes, frustrantes e
angustiantes, vieram também às criticas, porque é muito fácil alguém te julgar e criticar quando não está na sua pele. E é ai que
você descobre quem realmente são seus amigos. A chateação aumentou e queria
resolver tudo o quanto antes e sumir dali, apesar de deixar para trás vínculos
fortes que criei.
E sabe todo aquele planejamento que eu fiz durante a licença maternidade? Escolinha, terapeutas, médicos, clínicas de exames, tudo que planejei para ter uma volta ao trabalho tranquila? Foi tudo por água a baixo ... Tive que começar tudo de novo!
Enquanto isso Murilinho frequentava as terapias, se desenvolvia e crescia, ficava cada dia mais lindo! E teve sexto "mesversário" :)
Ufa, ainda bem que passou... Mas com tudo isso acontecendo, olha só o sorriso de felicidade do Murilo. É ou não é um anjo?
Fonoterapia
Fisioterapia
Fazendo manha
Fazendo muita manha
Tocando chocalho e vendo a galinha pintadinha
Ele é muito lindo... me lembro quando o conheci, ele estava no colo de sua mãe e deu os bracinhos para vir comigo... fiquei emocionada!!! Como ele é simpático, tranquilo e alegre!!!! Beijos Lí, estou adorando o blog!
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