domingo, 2 de fevereiro de 2014

Nono mês, a mudança e a primeira internação.

Foi esse mês, a minha casa em Cotia que já estava vendida, mas eu ainda à mantinha e cuidava aos finais de semana teria que ser entregue. 
Fiz tudo mais uma vez sozinha, empresa de mudança, separar e trazer o que ficaria comigo na minha mãe e o que ficaria encaixotado no depósito de móveis até eu mudar para o nosso cantinho em Jundiaí. 
Dois dias super cansativos para trazer as coisas para jundiaí, mais um dia para desmontar lustres, quadros, prateleiras e tudo que eu levaria embora, mais um dia para encaixotar tudo, e na manha de um sábado ensolarado o caminhão encostou e esvaziou a casa. 
Tanta luta, reformas e sonhos que acabaram ali, não seriam realizados, tive que ir embora, me despedi dos colegas e amigos que fiz lá e fui embora com lágrimas nos olhos e muita dor no coração. 

Neste sábado minha mãe ficou com o Murilo para eu fazer a mudança, quando chego em casa por volta das duas horas da tarde, vejo Murilo piorando muito da sua gripe que começou com nariz muito entupido, e depois tosse e febre.
Estava medicando conforme orientações da pediatra, mas como eu tenho bronquite, percebi que ele estava tendo uma respiração muito difícil, igual a minha quando estou com a minha bronquite atacada. Cuidei dele com mais atenção e coloquei para dormir, mas as onze horas da noite notei que ele estava resmungando e gemendo, quando fui ver ele estava com febre e muita dificuldade de respirar, no mesmo momento dei um banho para baixar a febre e corri para o pronto socorro. 

Após todos exames e procedimentos ele não apresentou melhoras, ainda estava com baixa oxigenação, e por isso ficou internado. 
A primeira internação do meu pequeno, foi bem difícil vê-lo todo molinho dentro da tenda de oxigênio vivendo toda aquela rotina de hospital. Ele ficou internado por 5 dias, teve alta mas ainda não estava 100%.

Com esses problemas respiratórios, ele deu uma parada por duas semanas nas terapias, ele não podia se esforçar porque poderia com o esforço ter um broncoespasmo e entrar em crise novamente.

Hoje paro para pensar em como tudo acontecia, era tudo de uma forma tão intensa e difícil, que acho que era para ser assim, era para nem dar tempo de sofrer, porque eu não tinha tempo nem de pensar em um e acontecia outro, parecia um trator passando por cima de tudo sem parar.

Sobre o que o Murilo passou, acontece porque problemas respiratórios são comuns em crianças Down, eles tem o pulmão muito fragilizado, no caso do Murilo ainda tinha o fato de poder ter herdado minha bronquite. Agora precisaria cuidar ainda mais para não acontecer novamente.
Mas nunca, ele deixou de sorrir até mesmo dentro da tenda de oxigênio ele brincava e sorria. 

Assim que ele apresentou melhoras, continuamos indo ao parque de final de semana, passeando e as terapias voltaram para o ritmo normal, só que ele já frequentava a ONG e não mais a clínica em São paulo, até arriscamos um corte de cabelo pela primeira vez.

Entre o oitavo e o nono mês também começamos a Terapia Ocupacional com uma profissional particular em jundiaí, acho muito importante o estimulo do cognitivo, com isso ele estava fazendo as três terapias necessárias e a correria era grande, mas eu estava muito orgulhosa com o desenvolvimento dele.

Teve a páscoa, ele ganhou ovos de páscoa e sim eu dei um pedacinho de chocolate para ele, adorou e não fez mal nenhum rs...

E acreditem com tudo isso ele também teve o bolinho de nove meses com direito a estimulação sensorial.

Até o próximo.

:)






Estímulo sensorial rs





















Tentando se distrair





Fazendo bagunça

Como sempre apaixonado por animais de estimação



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